As ofertas no mercado de capitais atingiram R$ 89,9 bilhões, o maior volume mensal de 2025. O movimento elevou o acumulado para R$ 618,8 bilhões. Os recursos foram direcionados principalmente para infraestrutura, que recebeu 36,1%, e para pagamento de dívidas, com 27,2%. Entre os instrumentos que mais cresceram, os FIDCs chegaram a R$ 71,2 bilhões no período, alta de 20,3% frente a 2024.
Nesse ambiente de expansão e maturidade do funding privado, a Multiplike projeta liberar R$ 20 bilhões em crédito em 2026, apoiada pelo avanço para se tornar uma Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento, estrutura que deve alterar sua capacidade de captação e ampliar o acesso de empresas a linhas fora do sistema bancário tradicional. A empresa encerra 2025 com R$ 15 bilhões em volume operado, um crescimento de 50% sobre os R$ 10 bilhões registrados no ano passado.
O salto ocorre em paralelo ao movimento de desbancarização do crédito corporativo, que ganha força entre indústrias, agro e construção civil, setores que juntos concentram 100% da carteira da Multiplike, sendo 70% para Indústria da Transformação e 15% para agronegócio e construção civil.
A chegada da SCFI adiciona um novo patamar de autonomia operacional: passa a permitir a emissão de LCIs e LCAs, instrumentos isentos de imposto de renda e com custo de funding menor do que os praticados em estruturas via FIDC. “Com a SCFI, ganhamos mais autonomia e eficiência, diminuímos custos e melhoramos a experiência do cliente. Essa verticalização é um passo natural num ambiente em que o crédito se tornou uma commodity”, afirma Volnei Eyng, CEO da Multiplike.
O ambiente macro também contribui para a expansão planejada para 2026. A Selic estacionada em 15% desacelerou a economia e reduziu o ritmo de concessões no sistema bancário, mas o cenário esperado de queda gradual dos juros no próximo ano tende a destravar projetos represados e estimular novas captações no mercado de capitais. Esse movimento ocorre em um contexto de PIB acumulado em 3,2% nos últimos quatro trimestres e inadimplência corporativa estável, especialmente entre médias e grandes empresas.
A Multiplike vê espaço para crescer tanto pelo aumento de clientes quanto pela ampliação de produtos, com tíquetes mais robustos viabilizados pela nova instituição financeira. “A expertise de análise de crédito será ainda mais determinante. O mercado evoluiu e hoje dispõe de ferramentas que reduzem risco e permitem precificar melhor cada operação. Em 2026, a expansão virá da combinação entre eficiência, governança e estruturas mais diversificadas”, afirma Eyng.
A companhia também deve ampliar novas rotas de captação. A SCFI abre portas para investidores interessados em renda fixa com isenção de imposto e maior previsibilidade, além de agilizar o fluxo entre tomadores e originadores. A projeção da empresa acompanha o avanço estrutural do crédito privado no país, impulsionado pela busca das empresas por fontes de financiamento mais competitivas em relação ao crédito bancário subsidiado e limitado.
O fortalecimento de FIDCs indica a transição para um ciclo de capital mais pulverizado, com maior competição e maior aderência às necessidades reais da economia produtiva. A Multiplike pretende ocupar posição central nessa reconfiguração, oferecendo custo reduzido, portfólio ampliado e capacidade de originação mais eficiente em um mercado que soma R$ 618,8 bilhões em ofertas apenas nos 10 primeiros meses de 2025.

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