Os principais bancos dos Estados Unidos estão ampliando a oferta de produtos ligados ao Bitcoin, e 14 das 25 maiores instituições já fornecem serviços relacionados ao ativo digital. Esse movimento evidencia uma mudança expressiva na abordagem do setor financeiro tradicional em relação aos criptoativos.
As maiores gestoras de investimentos venderam mais de 530 milhões de dólares em notas estruturadas atreladas a ETFs de Bitcoin, permitindo exposição ao cripto para clientes de alta renda. Esta iniciativa marca uma nova fase de aceitação e integração do Bitcoin nas finanças convencionais.
Durante anos, Wall Street tratou o Bitcoin com ceticismo devido à volatilidade e à ausência de regulamentação. Esse cenário, porém, se transformou. A Jefferies Financial Group Inc. deu o primeiro passo em julho ao emitir a primeira nota estruturada nos EUA vinculada ao BlackRock’s iShares Bitcoin Trust (IBIT), abrindo caminho para outras grandes instituições.
Depois disso, Goldman Sachs Group Inc., Morgan Stanley e JPMorgan Chase & Co. também estruturaram e venderam instrumentos similares.
Segundo dados do Structured Products Intelligence citados pela Bloomberg, esses bancos comercializaram juntos mais de 530 milhões de dólares em notas vinculadas à IBIT, indicando uma transição clara da observação para a participação efetiva.
A criação destes produtos reflete o aumento da procura de clientes por exposição ao Bitcoin. Em vez de rejeitar o ativo, as instituições agora desenvolvem instrumentos financeiros sofisticados para atender à demanda.
Assim, essa tendência mostra que as grandes instituições não estão mais à margem do mercado. A empresa de serviços financeiros focada em Bitcoin, River, destacou essa transformação na X.
Essa percepção acompanha uma mudança ainda mais ampla, que ultrapassa Wall Street e impacta todo o sistema bancário norte-americano.
O cenário é claro: uma parcela cada vez maior da exposição ao Bitcoin deverá ocorrer nas plataformas de gestão de patrimônio das grandes instituições, em parcerias com empresas do setor de cripto.
A integração entre finanças tradicionais e ativos digitais está redefinindo o panorama dos investimentos. À medida que mais bancos disponibilizam produtos ligados ao Bitcoin, o acesso ao cripto tende a se tornar parte do cotidiano financeiro.
Enquanto isso, a crescente participação de instituições pode favorecer maior clareza regulatória e mais estabilidade ao mercado de cripto. Ao ingressarem nesse segmento, os grandes bancos agregam confiança e segurança, o que pode atrair investidores mais cautelosos.
Consequentemente, isso pode fortalecer ainda mais a legitimidade do Bitcoin como uma classe de ativos convencional.
O artigo 65% dos principais bancos dos EUA apostam no Bitcoin: o que isso significa? foi visto pela primeira vez em BeInCrypto Brasil.


